29/04/2010

Um pouco sobre o desflorestamento na amazônia.

        O desflorestamento na Amazônia tem sido foco de preocupações de vários pesquisadores e especialistas em mudanças climáticas. A região é considerada a maior fonte brasileira de emissão de gás carbônico para a atmosfera, contribuindo para o agravamento do efeito estufa. Nas décadas de 1970 e 1980, as taxas de desmatamento observadas eram atribuídas a políticas de incentivos fiscais e de crédito rural, a programas de colonização e a investimentos em infra-estrutura que atraíram milhares de migrantes para a região. Mais recentemente, observa-se uma redução na maioria dessas variáveis. Entretanto, as taxas de desmatamento permanecem elevadas, o que indica que existem forças subjacentes que operam e determinam o futuro da cobertura florestal amazônica.

        Se o Estado teve papel relevante no passado, hoje ele é percebido pela falta de ações práticas e políticas. Essa "ausência" abre espaços para a emergência de formas espontâneas de organização de grupos sociais e para a sua inserção nos processos de tomada de decisão. Ainda que seja uma tendência global, esse processo tem um lado perverso, que é a apropriação do bem comum por setores da sociedade que organizam as suas atividades de acordo interesses próprios, deixando de lado o interesse coletivo. Para reverter essa situação, é preciso ampliar a ação reguladora do Estado, limitada no final do século XX pelo avanço do neoliberalismo.

               Reflexos da ocupação territorial sobre as taxas de desflorestamento

 As conseqüências desse conjunto de propostas podem ser avaliadas com base em diferentes fatores, entre eles:

a consolidação do "arco do desflorestamento", também conhecido como "arco de povoamento adensado" (Becker, 2004), que vai desde o sul do Pará, passando pelo norte de Mato Grosso, por Rondônia e sudoeste do Amazonas até chegar ao Acre;

consolidação do "cinturão da soja", que acompanha este arco, com perspectivas de ocupar não apenas as áreas de cerrado, mas também as áreas de floresta de transição e áreas já desmatadas de Floresta Amazônica;

poluição do ar em cidades como Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Cuiabá, Sinop e Paragominas;

aumento da taxa de antropização da floresta, por meio da exploração florestal e de projetos de reforma agrária;

comprometimento do potencial hídrico e da biodiversidade amazônica decorrente do elevado grau de privatização do bem comum, como a privatização das florestas nacionais; e,

aumento da taxa de desmatamento e incremento das queimadas, com consequente aumento do efeito estufa decorrente, elevando a participação do Brasil na emissão global de CO2 na atmosfera.

           Este quadro se deve, em grande parte, ao fato de que os sistemas produtivos até agora implantados na região não conseguiram criar uma "socioeconomia" estável, por não terem levado em consideração as características do ambiente natural amazônico. Isso tem levado a região a um processo de degradação ambiental, que se traduz, entre outros, nos elevados índices de desflorestamento observados nos últimos anos.
         Enfim galera, todos nós já estamos cansados de ouvir sobre a importância da Amazônia e das nossas ações no dia a dia. Este artigo nos leva a pensar que assim como o Estado precisa agir muito mais para que esse quadro mude, nós também precisamos!! Vamos abrir o olho para as nossas atitudes, será que estamos levando a sério essa história de impactos ambientais e aquecimento global? Afinal, isso é reflexo das ações de um todo, por isso se cada um ajudar mesmo que seja com uma coisa pequena, juntamente com as grandes organizações, o resultado poderá ser modificado rapidamente!

          Se você ficou interessado nesse assunto, leia mais sobre ele em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922009000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Lá você também encontra sobre as políticas públicas de ocupação da Amazônia e o asfaltamento da rodovia BR-163. Beijos!!!!

27/04/2010

Exploração sem instrução!

      Recebemos a tarefa de pesquisar algum artigo referente ao nosso tema e comentá-lo. Durante a pesquisa encontramos um artigo interessante sobre a utilização de recursos naturais por famílias de comunidades que vivem em torno do Parque Ecoturístico do Guamá, no Belém do Pará, conforme o seguinte link:


      Os moradores de todas as comunidades localizadas em torno do PEG praticam o uso dos recursos naturais como forma de subsistência. Como vivem dos recursos oferecidos pela natureza há muito anos, já fazendo parte de sua cultura, eles não veem a prática da exploração como ilegal, e não conseguem entender essa concepção, muitos até mesmo acreditam que os recursos da fauna e flora são inesgotáveis. Apesar de se utilizarem dos recursos para o próprio consumo e venda para subsistir, alguns moradores se aproveitam desta “abundância” e acabam por extrair a mais do que o necessário, praticando a venda por encomenda para terceiros, atividade ilegal denominada “tráfico para subsistência”, que visa o próprio sustento. Apesar de 80% das crianças e adolescentes frequentarem a escola, falta incentivo à preservação dos recursos naturais e uma maior instrução quanto aos impactos ambientais causados pela exploração desenfreada dos mesmos. Foram evidenciados projetos de preservação somente na comunidade Tapajós, entretanto, ainda não existe uma instrução adequada das crianças.
      Conforme o artigo Fikdik que é de extrema importância que sejam criados programas, projetos, campanhas de orientação, informação, e conscientização de que nem tudo na vida é pra sempre, principalmente se tratando dos recursos naturais que ainda bravamente resistem e todo o tipo de exploração que são submetidos!
      Por hoje é isso galera, um beijo!

20/04/2010

Tudo sobre Desmatamento.

  Desmatamento é a remoção ou destruição de grandes áreas de floresta ou floresta tropical. Ele acontece por muitas razões, como exploração madeireira ilegal, agricultura, desastres naturais, urbanização e mineração. Há diversas maneiras de remover florestas, as queimadas e o corte de árvores são dois métodos. Ainda que o desmatamento aconteça em todo mundo, atualmente, ele é uma questão especialmente crítica nas florestas tropicais da Amazônia, já que a única grande floresta ainda em pé no mundo. Lá, as espécies de plantas e animais que elas abrigam vêm desaparecendo em ritmo alarmante. Em agosto de 2008, por exemplo, especialistas mediram a destruição de floresta na Amazônia em 756 quilômetros quadrados, o equivalente a metade do território da cidade de São Paulo [fonte: Folha Online].
Fatos e Números sobre o desmatamento
  • O desmatamento no Mundo acontece à razão de 130 mil quilômetros anuais. Trata-se de uma área de tamanho semelhante ao da Inglaterra.
  • África e América do Sul sofrem as maiores perdas mundiais de florestas. 
  • As florestas tropicais abrigam mais de metade das espécies do planeta. 
  • As florestas do planeta armazenam mais de 283 gigatons de carbono. No entanto, esse total se reduz em 1,1 G tonelada anual devido ao desmatamento. 
  • 84% das florestas mundiais são propriedade pública.
  • No caso da Amazônia brasileira, cerca de 75% estão em áreas públicas.
  • A principal causa do desmatamento é a atividade humana.
  • Apenas 11% das florestas mundiais são classificadas como áreas de conservação.
     Em termos gerais, a culpa pelo desmatamento cabe à atividade humana, ainda que desastres naturais também influenciem. Dentre as causas destacam-se:
- Exploração da madeira, para fins lucrativos.
- A agropecuária. Os agricultores tendem a limpar terras para semear ou criar gado e muitas vezes desmatam largas áreas por meio de queimadas e derrubadas de árvores. Os agricultores migratórios limpam uma área florestal e a empregam até que a terra se degrada demais para sustentar safras. Depois, se transferem e limpam outra porção de floresta.
-As represas das usinas hidrelétricas que provocam bastante polêmica, embora ajudem a gerar energia para as comunidades, também contribuem para o desmatamento. Os oponentes de sua construção acreditam que erguer esse tipo de estrutura não apenas tem impacto ambiental negativo, mas abre a área à exploração madeireira. Para construir uma represa hidrelétrica, muitos hectares de terras precisam ser inundados, o que causa decomposição e a liberação de gases causadores do efeito-estufa.
-Incêndios, tanto acidentais quando deliberados, destroem largas áreas de floresta rapidamente. As áreas de exploração madeireira são mais suscetíveis  a incêndios devido ao número de árvores secas e mortas. Os invernos mais amenos e os verões mais longos causados pelo aquecimento global também causam incêndios.

Efeitos do desmatamento

            Os cientistas vêm encontrando mais e mais conexões entre o desmatamento e o aquecimento global. As emissões de carbono criadas por quatro anos de desmatamento equivalem às emissões de todos os vôos de aviões ao longo da História, até o ano 2025. [fonte: New York Times]Outra preocupação quanto ao desmatamento é a redução da biodiversidade. As florestas tropicais, supostamente as maiores vítimas de desmatamento, cobrem apenas 7% da superfície do planeta Terra. No entanto, dentro dessa área vivem mais de metade das espécies de plantas e animais da Terra. Algumas dessas espécies só vivem em áreas pequenas e específicas, o que as torna especialmente vulneráveis à extinção. À medida que a paisagem se altera, algumas plantas e animais se tornam simplesmente incapazes de sobreviver. Espécies que variam de pequenas flores a grandes orangotangos estão sob ameaça ou se extinguiram. Os biólogos acreditam que a chave para a cura de muitas doenças está na biologia dessas plantas e animais raros, e que a preservação é crucial.
            A erosão do solo, embora seja um processo natural, se acelera em caso de desmatamento. As árvores e plantas agem como barreira natural que desacelera a queda da água quando esta deixa a terra. As raízes firmam o solo e impedem que a terra solta seja arrastada. A ausência de vegetação faz com que a terra superficial passe por mais erosão. É difícil para as plantas crescer  no solo menos nutritivo que permanece.
O desmatamento é um problema de nivel mundial,existem dezenas de organizações sem fins lucrativos trabalhando no combate e na busca de alternativas sustentáveis ao desmatamento

     Além da ONU ( Organização das Nações Unidas) algumas das mais conhecidas são:
  • Conservation International - ensina agricultores locais a maximizar o uso de sua terra existente, em lugar de desmatar novas áreas 
  • World Wildlife Fund - trabalha para definir políticas públicas e forma alianças com comunidades para preservar florestas 
  • Rainforest Action Network - usa campanhas publicitárias agressivas para chamar a atenção quanto à situação das florestas tropicais 
  • Environmental Defense Fund - defende projetos de lei que ofereçam incentivos financeiros a proprietários de terra (como  os fazendeiros) adeptos de práticas de conservação da terra 
  • Sierra Club - trabalha para proteger e restaurar as florestas dos Estados Unidos
  • Amazon Watch - defende os direitos dos povos indígenas e de comunidades que têm de enfrentar o desenvolvimento industrial 
  • Nature Conservancy- desenvolveu diversas iniciativas de promoção da conservação.

                        Fonte: HowStuffWorks ( adaptado pelos alunos)

Comentário dos Blogueiros
      Todos esses dados e informações nos mostram que a amplitude do desmatamento vai muito além do que imaginávamos. Se pararmos para refletir, todo esse território que esta sendo destruido é fator essencial para nossa existência, e a maioria, que deveria ser parte interessada, não está nem aí para esse impacto ambiental que está escancarado em nossas caras há muito tempo! A sustentabilidade nas ações em relação às matas é indispensável, temos que lutar, agir e exigir para que todo esse patrimônio mundial seja preservado! Recicle suas idéias e seus atos, revendo pequenas coisas podemos causar mudanças muito consideráveis!
Era isso aí por hoje, fica de saidera duas citações e uma charge! até a proxima postagem!
“Pequenas mudanças nos hábitos do dia-a-dia são tão importantes quanto conscientizar aqueles que exploram o planeta de modo insustentável".

Autor desconhecido

“Ninguém pode prever o que acontecerá em algumas décadas ou séculos, por exemplo, qual o impacto que o desflorestamento terá sobre o clima, o solo, as chuvas. Temos muitos problemas porque as pessoas estão centradas em seus próprios interesses, em ganhar dinheiro e não estão pensando no bem-estar da comunidade como um todo. Não estão pensando na Terra em longo prazo, e nos efeitos ambientais adversos sobre o homem. Se nós, da atual geração, não refletirmos sobre estas questões agora, as gerações futuras não terão como lidar com elas”.

Autor: Dalai Lama

19/04/2010

Filmes sobre o Petróleo

    OURO NEGRO
Título original: Ouro Negro

Duração: 115 minutos
Gênero: Drama

Direção: Isa Albuquerque

Ano: 2008

País de origem: BRASIL

Sinopse:
A aventura da descoberta do petróleo no Brasil contada por pioneiros idealistas a partir dos anos 10 - uma história de aventura, crimes e paixões. Filme livremente inspirado em fatos e personagens reais.
 
 
 SANGUE NEGRO
Título original: There Will Be Blood

Duração: 158 minutos
Gênero: Drama

Direção: Paul Thomas Anderson

Ano: 2007

País de origem: EUA

Sinopse:
 
Virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado, que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Daniel decide partir para o local com seu filho, H.W. (Dillon Freasier). O nome da cidade é Little Boston, sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático pastor Eli Sunday (Paul Dano). Daniel e H.W. se arriscam e logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza mas também uma série de conflitos.
 
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
O primeiro filme, que é brasileiro, eu não assisti ainda, pois não sabia da sua existência anteriormente. Porém, o segundo já havia assistido em outras primaveras, mas não é um filme muito atrativo,  mais indicado para partes interessadas em ramos que cotenham esse assunto. Colocam um romance no meio pra dar um drama e só. Fica a dica pra quem tem curiosidade de saber sobre o petróleo do inicio do século XX, é um pouco longo, mas é "legalzinho".

Pegada ecológica: divulgue esta ideia!



Qual o impacto de suas atitudes no meio ambiente? Você já parou para pensar? Calcule sua pegada ecológica clicando na imagem abaixo:

Que marcas você quer deixar no planeta? Calcule sua Pegada Ecológica.

E como eu posso ajudar?

        Todos nós sabemos que a mudança começa pelos pequenos atos, e como já dissemos, o primeiro passo pode ser seu! Então se ligue nas dicas do nosso blog para ajudar na diminuição da exploração dos recursos que a natureza nos oferece:

- Em sua alimentação, diminua o consumo de fast foods, produtos industrializados e proteína animal, como a carne. Você sabia que para a produção de 1kg de carne são gastos 15 mil litros de água doce? No total, 60% de toda a água doce disponível no planeta é utilizada para a produção de alimentos!

- Se possível, não ande de carro sozinho, utilize transportes alternativos como a bike, ou até mesmo vá a alguns lugares a pé. Utilize mais o transporte coletivo, já que o mesmo transporta muito mais pessoas com o mesmo gasto de combustível. Uma dica muito bacana, e que pode ser muito divertida, é a organização de uma carona coletiva com seus colegas! Lembre-se os gases da combustão de motores de automóveis são grandes causadores do aquecimento global.

- Diminua o consumo de energia, evitando substituir aparelhos que agregam alta tecnologia desnecessariamente e reduza o consumo de produtos que não podem ser reciclados. Se possível, adquira produtos verdes (certificados com o ISSO 14000). Diminuindo os hábitos consumistas, você colabora com a diminuição da exploração dos recursos naturais!

- Utilize lâmpadas fluorescentes e aparelhos elétricos e eletrônicos com o selo PROCEL, que consomem menos energia.
Desligue aparelhos, até mesmo da tomada, quando não for usá-los. Evite ligar o ar condicionado, e se tiver condições, vá de escada em vez de elevador.
É importante ressaltar que no Brasil a maior parte da energia consumida é produzida por hidrelétricas, que exigem, para seu funcionamento, a construção de grandes barragens. Dessa forma, torna-se necessário represar rios e inundar áreas, reduzindo as florestas, impactando a vida de milhares seres vivos, retirando comunidades de suas terras e alterando os climas locais e regionais.

- Pratique a coleta seletiva, é muito fácil! Basta separar o lixo e entregá-lo em Pontos de Entrega Voluntária (PEV) ou aos catadores e às cooperativas de reciclagem da sua cidade.

Você sabia?
A cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de 1 hectare de fl oresta (1 tonelada evita o corte de 30 ou mais árvores);

A produção de uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia. Já uma tonelada de papel reciclado consome 1.200 Kg de papel velho, 2 millitros de água e 1.000 a 2.500 KW/h de energia;
 
A reciclagem de uma tonelada de jornais evita a emissão de 2,5 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera;

A reciclagem de 1 tonelada de aço economiza 1.140 Kg de minério de ferro, 155 Kg de carvão e 18 Kg Uma tonelada de latinhas de alumínio, quando recicladas, economiza 200 metros cúbicos de aterros sanitários;

O vidro é 100% reciclável, portanto não é lixo: 1 kg de vidro reciclado produz 1 kg de vidro novo;

Todos os plásticos são derivados do petróleo, um recurso natural não renovável e altamente poluente;

A reciclagem do plástico economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela implantação de pequenas e médias indústrias;

100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 1 tonelada de petróleo.

Fonte: WWF Brasil

Nossa Amazônia Ameaçada!

A luta pela preservação da floresta
"Aclamado como o país de maior diversidade biológica do mundo, o Brasil tem sua riqueza natural sob constante ameaça. Um exemplo dessa situação é o desmatamento anual da Amazônia, que cresceu 34% de 1992 a 1994. A taxa anual, que era de pouco mais de 11.000 km2 em 1991, ficou em 16.926 km2 em 1999 conforme dados oficiais. A atividade agrícola de forma não-sustentável e a extração madeireira continuam sendo os maiores problemas. A extração tende a aumentar na medida em que os estoques da Ásia se esgotam.
Nas últimas décadas, enfrenta também ameaças de desmatamento, queimadas, conversão de terras para a agricultura, com novos assentamentos sendo feitos em áreas ainda preservadas, além de obras viárias e outras de grande porte, como barragens e usinas.
O Governo, em relatório elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos - ligada à Presidência da República - reconhece que 80% da produção madeireira da Amazônia provêm da exploração ilegal. Existem 22 madeireiras estrangeiras conhecidas em operação na região e há pouca fiscalização sobre sua produção e área de exploração.
O desperdício da madeira, que gira entre 60% e 70%, agrava ainda mais a situação. A intenção do governo de desenvolver megaprojetos de infra-estrutura para a Amazônia, causando degradação ambiental sem trazer benefícios para os habitantes da região, também não contribui para a situação.
Embora o Brasil tenha uma das mais modernas legislações ambientais do mundo, ela não tem sido suficiente para bloquear a devastação da floresta. Os problemas mais graves são a insuficiência de pessoal dedicado à fiscalização, as dificuldades em monitorar extensas áreas de difícil acesso, a fraca administração das áreas protegidas e a falta de envolvimento das populações locais. Solucionar essa situação depende da forma pela qual os fatores político, econômico, social e ambiental serão articulados.
Muitos imigrantes foram estimulados a se instalar na região, levando com eles métodos agrícolas impróprios para a Amazônia. A produtividade da terra diminui significativamente após três anos de plantio, forçando os pequenos agricultores a se mudarem para outras áreas de colonização no interior da mata ou em outras cidades onde o ciclo de desmatamento, queima e cultivo, bem como a degradação do solo, se repete.
A ocupação da região amazônica começou a se intensificar na década de 40, quando o Governo passou a estimular, através de incentivos fiscais, a implantação de projetos agropecuários na área. Com isso, as queimadas e o desmatamento tornaram-se cada vez mais freqüentes. Esse processo de ocupação já teria levado à eliminação de 550 mil km2 de floresta. Todavia, as pesquisas e a prática demonstraram que a exploração sustentável da floresta na Amazônia é uma atividade mais rentável e que gera mais empregos do que outras que tem sido priorizadas pelo governo, como a agropecuária.
No entanto, o Governo brasileiro tem tratado a questão da Amazônia de forma setorial, sem levar em conta o fator ambiental e sem utilizar a informação gerada por seus próprios técnicos. É o que acontece com seu programa "Avança Brasil", que ignora a definição de áreas prioritárias a serem conservadas em estudo coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Outra forma de destruição tem sido os alagamentos para a implantação de usinas hidrelétricas. É o caso da Usina de Balbina, ao norte de Manaus. A baixíssima relação entre a área alagada e a potência elétrica instalada tornou-se um exemplo de inviabilidade econômica e ecológica em todo o mundo. A atividade mineradora também trouxe graves conseqüências ambientais, como a erosão do solo e a contaminação dos rios com mercúrio.
Mais de 12% da área original da Floresta Amazônica já foram destruídos devido a políticas governamentais inadequadas, modelos inapropriados de ocupação do solo, aliados à pressão econômica, que levou a uma ocupação desorganizada e ao uso não-sustentável dos recursos naturais. Segundo estimativas oficiais, até 2020 a Amazônia terá perdido 25% de sua cobertura nativa."
 
Fonte: WWF Brasil

A exploração do Petróleo sob o ponto de vista do cronista Arnaldo Jabour.



14/04/2010

Fique atento!

"A superexploração de recursos naturais tem causado ameaça a muitas espécies. Os exemplos mais corriqueiros são o mico-leão, o pau-brasil, a palmeira juçara (Euterpe edulis), para consumo de palmito, o pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), para óleo essencial em perfumaria, a manjuba e a sardinha verdadeira. Segundo o índice Ecological Footprint, usado para medir o uso dos recursos naturais pela humanidade, em 2000 a população global usou toda a capacidade de produtividade biológica do planeta. Em 2001, a humanidade excedeu em 20% a capacidade da produtividade biológica..."
"Os impactos ambientais mais críticos têm decorrido do derramamento de petróleo durante o seu transporte. Os exemplos clássicos são o derrame de petróleo na Baía de Guanabara e no Litoral de São Sebastião (SP)."

Diante destes dados, devemos pensar um pouco mais em nossas ações, na Era em que o Consumismo reina absoluto, até onde vale explorarmos estes recursos que a natureza nos oferece (para serem bem utilizados) somente para nossa satisfação pessoal? Até quando a natureza suportará esta superexploração?
Reflita sobre isto, comece por você, e lembre-se: "Pense localmente, aja globalmente."
O PRIMEIRO PASSO PODE SER SEU!

13/04/2010

Entenda a Camada Pré-Sal:



O Petróleo no Brasil

          No ano de 1939, foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia. Antes dessa descoberta já havia sido instalada a primeira refinaria de petróleo no Brasil, a Refinaria Rio-Grandense de Petróleo, na cidade gaúcha de Uruguaiana, porém, o petróleo utilizado era basicamente importado do Chile. Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil já atuava como um grande importador de petróleo porém, as reservas existentes eram quase insignificantes, apesar disto iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da produção petrolífera, alguns movimentos sociais e setores da sociedade civil promoveram a campanha "O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo Governo de Getúlio Vargas. A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de 1969. O monopólio da União foi eliminado nos anos 1990.
          Posteriormente a segunda fase da Crise Petrolífera em 1973, quando os países árabes organizados na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentaram o preço do petróleo em 300%, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias internacionais e a exploração de campos mais rentáveis no exterior. Entretanto, naquela época o Brasil importava 90% do petróleo que consumia e o novo patamar de preços tornou mais interessante explorar petróleo nas áreas de maior custo do país, e a Petrobrás passou a procurar petróleo em alto mar. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976. Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos 2000.
          Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos. O primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços como Tupi estão em fase de teste, devendo iniciar a produção comercial em 2010.
Fonte de informações: pt.wikipedia.org/wiki/Petróleo
pt.wikipedia.org/wiki/Crise_do_petróleo