29/04/2010

Um pouco sobre o desflorestamento na amazônia.

        O desflorestamento na Amazônia tem sido foco de preocupações de vários pesquisadores e especialistas em mudanças climáticas. A região é considerada a maior fonte brasileira de emissão de gás carbônico para a atmosfera, contribuindo para o agravamento do efeito estufa. Nas décadas de 1970 e 1980, as taxas de desmatamento observadas eram atribuídas a políticas de incentivos fiscais e de crédito rural, a programas de colonização e a investimentos em infra-estrutura que atraíram milhares de migrantes para a região. Mais recentemente, observa-se uma redução na maioria dessas variáveis. Entretanto, as taxas de desmatamento permanecem elevadas, o que indica que existem forças subjacentes que operam e determinam o futuro da cobertura florestal amazônica.

        Se o Estado teve papel relevante no passado, hoje ele é percebido pela falta de ações práticas e políticas. Essa "ausência" abre espaços para a emergência de formas espontâneas de organização de grupos sociais e para a sua inserção nos processos de tomada de decisão. Ainda que seja uma tendência global, esse processo tem um lado perverso, que é a apropriação do bem comum por setores da sociedade que organizam as suas atividades de acordo interesses próprios, deixando de lado o interesse coletivo. Para reverter essa situação, é preciso ampliar a ação reguladora do Estado, limitada no final do século XX pelo avanço do neoliberalismo.

               Reflexos da ocupação territorial sobre as taxas de desflorestamento

 As conseqüências desse conjunto de propostas podem ser avaliadas com base em diferentes fatores, entre eles:

a consolidação do "arco do desflorestamento", também conhecido como "arco de povoamento adensado" (Becker, 2004), que vai desde o sul do Pará, passando pelo norte de Mato Grosso, por Rondônia e sudoeste do Amazonas até chegar ao Acre;

consolidação do "cinturão da soja", que acompanha este arco, com perspectivas de ocupar não apenas as áreas de cerrado, mas também as áreas de floresta de transição e áreas já desmatadas de Floresta Amazônica;

poluição do ar em cidades como Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Cuiabá, Sinop e Paragominas;

aumento da taxa de antropização da floresta, por meio da exploração florestal e de projetos de reforma agrária;

comprometimento do potencial hídrico e da biodiversidade amazônica decorrente do elevado grau de privatização do bem comum, como a privatização das florestas nacionais; e,

aumento da taxa de desmatamento e incremento das queimadas, com consequente aumento do efeito estufa decorrente, elevando a participação do Brasil na emissão global de CO2 na atmosfera.

           Este quadro se deve, em grande parte, ao fato de que os sistemas produtivos até agora implantados na região não conseguiram criar uma "socioeconomia" estável, por não terem levado em consideração as características do ambiente natural amazônico. Isso tem levado a região a um processo de degradação ambiental, que se traduz, entre outros, nos elevados índices de desflorestamento observados nos últimos anos.
         Enfim galera, todos nós já estamos cansados de ouvir sobre a importância da Amazônia e das nossas ações no dia a dia. Este artigo nos leva a pensar que assim como o Estado precisa agir muito mais para que esse quadro mude, nós também precisamos!! Vamos abrir o olho para as nossas atitudes, será que estamos levando a sério essa história de impactos ambientais e aquecimento global? Afinal, isso é reflexo das ações de um todo, por isso se cada um ajudar mesmo que seja com uma coisa pequena, juntamente com as grandes organizações, o resultado poderá ser modificado rapidamente!

          Se você ficou interessado nesse assunto, leia mais sobre ele em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922009000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Lá você também encontra sobre as políticas públicas de ocupação da Amazônia e o asfaltamento da rodovia BR-163. Beijos!!!!

1 comentários:

Prof. Claudionei disse...

Bom artigo... e eu concordo com o comentário do grupo... PEQUENAS ATITUDES AJUDAM MUITO.
Abraço!

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